Carlos Rollsing | São Borja
Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, chegaram ao cemitério Jardim da Paz, em São Borja, onde ocorre a exumação do ex-presidente Jango, às 8h32min desta quarta-feira.
Cardozo evitou falar sobre as providências que poderão ser tomadas em caso de confirmação da morte de Jango por envenenamento. E afirmou que as tecnologias modernas permitem acreditar na coleta de respostas após os exames toxicológicos. As dúvidas sobre a efetividade das análises é fruto do tempo: já se passaram 37 anos da morte do ex-presidente e, até então, são desconhecidas as condições do corpo. Ele ainda garantiu que a urna com os restos mortais de Jango será recebida nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff, em Brasília, com as honras de chefe de Estado.
— É algo muito merecido e que ele não teve — disse Cardozo.

Maria do Rosário, em resposta a críticas de que a exumação estaria virando palanque político, disse que o processo é estritamente técnico. E, sobre os gastos com a operação, afirmou que "os custos são muito menores do que custou a ditadura, que custou vidas". Como o processo de exumação deverá se estender por meses, já foi cogitada anteriormente a possibilidade de o prazo de atuação da Comissão Nacional da Verdade ser estendido. Maria do Rosário não negou a hipótese, mas evitou entrar em detalhes.
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