OBRAS DE REVITALIZAÇÃO DO MERCADO PÚBLICO E DISCUTIDA EM REUNIÃO COM COMERCIANTES


O prefeito Everaldo dos Santos esteve reunido nesta segunda-feira (14), com comerciantes, vereadores e autoridades, a fim de discutir a relocação das lojas localizadas no Mercado Público, durante a revitalização do prédio. A obra será realizada pela empresa vencedora da licitação e está avaliada em R$ 3 milhões e setecentos mil, oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). 
De acordo com o prefeito Everaldo dos Santos não será utilizada verba municipal nas obras. “O Ministério Público não permite usar dinheiro público para relocação de empresas privadas. Vamos procurar alternativas que nos auxiliem na construção de uma estrutura provisória para os comerciantes do local”, afirma.
O presidente da Fundação Lagunense de Cultura, Leonardo Pascoal, salientou que o prédio precisa de melhorias, pois está colocando em risco os comerciantes e quem frequenta o espaço. 
Uma comissão composta por três representantes do comércio e autoridades foi criada, a fim de manter um contato direto com as ações de revitalização do prédio. Uma audiência será marcada, juntamente com o Iphan, Câmara de Vereadores e o poder executivo para debater a relocação.
O Governo Municipal já realizou a licitação para a obra. A reforma deverá durar aproximadamente dois anos. Após a revitalização, o Governo Municipal deverá licitar os boxs do Mercado Público. 
Novo prédio 
Com o intuito de resgatar o que foi perdido ao longo do tempo, o Mercado Público será revitalizado e passará a contar com áreas de lazer para os lagunenses e turistas, tendo atividades como oferta de frutas, verduras e peixes frescos, além de ser ponto de encontro de amigos para jogar conversa fora e apreciar o sol às margens da lagoa. Os recursos são do BNDES. 
Anterior à primeira construção do final do século XIX, todo o comércio da cidade era feito dentro das canoas, onde os comerciantes vendiam seus produtos à beira do cais. De acordo com o projeto de Restauração e Reabilitação, realizado pela empresa Arte Real, através de Licitação do Iphan, a obra reconstituirá a edificação construída em 1958.
O novo Mercado Público trará elementos de características marítimas, tanto no interior quanto exterior da edificação, tendo detalhes que remetem a cultura local. Serão construídos novos boxes, sanitários e lojas de artesanato. O espaço contará com um restaurante na parte superior, um mirante com vista para todo o centro histórico e deques com 12 metros de avanço para a lagoa Santo Antônio dos Anjos. 
História do mercado
Ano de 1897, a comunidade de Laguna utilizava o Mercado Público para abastecer as suas residências. O prédio construído por Antônio Pinto da Costa Carneiro ficava nas margens da lagoa Santo Antônio dos Anjos, onde hoje está a Praça Paulo Carneiro. Pela rua da Praia, atual rua Gustavo Richard, o povo chegava até o Mercado, para comprar frutas, verduras, carnes e grãos. Os peixes eram vendidos numa pequena banca ao lado do prédio. No espaço tinha açougue, armazém de secos e molhados, banca de frutas e verduras, com mais de 20 locais. Ao lado uma fonte de água, vinda por canos da Fonte da Carioca abastecia quem frequentava o Mercado. 
Período de 1910, começa um trabalho de aterro das margens da lagoa, a água avançava pela província, a obra era para reter a força da maré. 
Num domingo chuvoso e com vento sul, do dia 20 de agosto de 1939, um incêndio assusta a cidade. Eram 23 horas, o fogo destrói o Mercado. Na época, o secretário de Justiça do Estado, Ives de Araújo, apontou como um incêndio criminoso. 
No ano de 1940, as ruínas do prédio incendiário foram derrubadas. Começa um trabalho de transformação da orla marítima com a construção do atual mercado. No ano de 1956 o atual mercado começa a ser erguido, no mandato do então prefeito Valmor de Oliveira. Os recursos vieram do poder público e também de empréstimos bancários. 
No ano de 1958 é inaugurado o prédio com tons de rosa claro e cor de cal. No primeiro piso funcionava o Mercado Público. No segundo andar a Câmara de Vereadores e a prefeitura, instalada no local até os anos 80. 
 


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