ENVOLVIMENTO DE EMPRESA NA OPERAÇÃO JAVA A JATO AMEAÇA OBRA DA PONTE ANITA GARIBALDI

Após as prisões de três executivos da empreiteira Camargo Corrêa - membro do consórcio que contrói a Ponte Anita Garibaldi, em Laguna - na sétima fase da Operação Lava Jato, surgiram rumores sobre a possível paralisação da obra federal. 

Caso seja comprovado o envolvimento das principais empreiteiras do país em um esquema de lavagem de dinheiro e desvios de recursos investigados pela Polícia Federal, as maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal, podem ser paralisadas. E a ponte de Laguna está entre elas.

Se a Controladoria Geral da União (CGU) declarar que as empresas são inidôneas, além de ficarem proibidas de firmar contratos com a União, terão todas as suas obras públicas suspensas e os contratos ainda em vigor serão analisados caso a caso. Como estas companhias integram consórcios em oito das principais iniciativas do PAC, o programa sofreria um atraso.

A empresa Camargo Corrêa é investigada na movimentação de cerca de R$ 10 bilhões que provocou desvio de recursos da Petrobras, conforme a Polícia Federal.

Procurada pela redação do Notisul, a coordenadora de comunicação social do Departamento Nacional de Infraestrutura do Trânsito (Dnit), em Brasília, Lílian Oliveira, afirmou que, “embora o diretor tenha sido preso, a empresa continua funcionando normalmente e não há nenhuma determinação jurídica para que ocorra a paralisação da obra”. Já os gestores na Camargo Corrêa preferiram “não comentar especulações”. 
ONG Contas Abertas
Conforme Gil Castelo Branco, fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas, em casos de contratos vigentes entre a empresa inidônea e o governo "será analisado aquilo que é mais vantajoso para a União: cancelar o contrato ou permitir que ele seja concluído. De qualquer forma, essa análise leva tempo, e as iniciativas do PAC devem atrasar ainda mais. Mesmo que haja outras empresas no consórcio integrado pela companhia inidônea que possam continuar a obra, é preciso realizar uma auditoria para analisar o andamento das obras, ver o que já foi feito e rever os contratos", argumenta.
Foto: Divulgação

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