CALOURA DA UFSC RASPA CABEÇA E DOA CABELOS A PACIENTES COM CANCER

Os trotes universitários geralmente são marcados por brincadeiras como pedir dinheiro no farol ou pintar o corpo – isso quando não viram episódios de violência e humilhação. Mas um grupo de veteranos do campus Sorocaba(SP) da Universidade de São Carlos (UFSCar) resolveu comemorar a conquista promovendo uma boa ação: convocou as calouras para cortarem o cabelo e doá-lo a pacientes com câncer.
Assim que a ideia foi divulgada, uma das mais animadas foi a caloura de pedagogia Calíope Corcovia, de 20 anos, que decidiu raspar as madeixas de mais de 40 centímetros. “Eu queria poder ser diferente, mas não à toa, queria ajudar alguém”, conta. A reportagem do G1 conversou com a garota antes do corte e gravou o momento em que ela tinha a cabeça raspada
Calíope se mostrava ansiosa com o resultado, mas descartava qualquer arrependimento, mesmo antes de conferir no espelho o novo visual. “Foi algo muito mais forte que me motivou a fazer isso. Espero que quem receba esse cabelo, ganhe também um sorriso no rosto e um incentivo”, afirma.
A ideia surgiu da veterana Patrícia Araújo, de 24 anos. Em entrevista ao G1 ela contou que viu a iniciativa de outras pessoas e resolveu aplicar isso no dia a dia universitário. “Percebi que uma pequena ação poderia fazer toda a diferença. Quando lancei a ideia não imaginava que tantas pessoas aceitariam. Estou muito feliz por tantas pessoas aceitarem o desafio”, comemora a estudante de pedagogia.
O trote solidário foi divulgado em uma rede social e até pessoas de outras faculdades resolveram participar da iniciativa, como as amigas Gabriela Rodrigues, Larissa Tanzi e Astrid Jayasi.
Larissa e Gabriela estudam em outra faculdade, mas também participaram (Foto: Jéssica Pimentel/G1)Larissa e Gabriela também participaram
(Foto: Jéssica Pimentel/G1)
Larissa conta que viu a reportagem sobre uma menina de São Roque (SP) que cortou os cabelos para doá-los e resolveu fazer o mesmo quando soube da mobilização das estudantes. “Eu sempre senti vontade de fazer isso. Claro que dá medo de se arrepender, mas penso que posso dividir a minha vaidade com alguém que está passando por um momento delicado”, explica a jovem, que doou parte dos 30 centímetros de cabelo que tinha.
A estudante Monique Karatestefe, que sofre de câncer, precisou cortar os cabelos durante o tratamento de quimioterapia e admira a atitude das outras meninas. “Eu já ouvi muitas piadas sem graça. Muita gente me perguntava se eu era homem ou mulher. Eu não fiquei careca porque quis, mas com essa atitude, outras pessoas que enfrentam o mesmo que eu poderão passar pela situação de outra forma”, conta, emocionada.
Além da mobilização das voluntárias, a ação também envolveu um salão de beleza, que fez o corte, e um studio, que fará o tratamento das mechas cortadas e as transformarão em perucas. A escolha da entidade que vai receber o material ficará a cargo do grupo de auto-ajuda Andanças, que reúne pacientes que já tiveram ou têm câncer.
A estudante Monique Karatestefe, que sofre de câncer, precisou cortar os cabelos durante o tratamento de quimioterapia e admira a atitude das outras meninas. “Eu já ouvi muitas piadas sem graça. Muita gente me perguntava se eu era homem ou mulher. Eu não fiquei careca porque quis, mas com essa atitude, outras pessoas que enfrentam o mesmo que eu poderão passar pela situação de outra forma”, conta, emocionada.
Além da mobilização das voluntárias, a ação também envolveu um salão de beleza, que fez o corte, e um studio, que fará o tratamento das mechas cortadas e as transformarão em perucas. A escolha da entidade que vai receber o material ficará a cargo do grupo de auto-ajuda Andanças, que reúne pacientes que já tiveram ou têm câncer.
Calíope raspou a cabeça e doou mais de 40 cm de cabelos (Foto: Jéssica Pimentel/G1)

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