RIO — Essa nem Vinicius de Moraes poderia prever. Ipanema,
quem diria, foi parar no doce balanço do mar da Croácia. É de lá, do
país europeu banhado pelo Mediterrâneo, que começará a circular o barco
batizado em homenagem ao bairro carioca, que se tornará por, no mínimo,
um ano o lar do casal Sarah Moreira e Renato Matiolli. Cansados da
rotina de trabalho de escritório e dos preços exorbitantes da Cidade
Maravilhosa, os dois concluíram há dois anos e meio que precisavam
sacudir suas vidas de alguma maneira.
Apaixonados por surfe, stand up paddle e kitesurf, a
resposta apareceu naturalmente: comprar um barco, aprender a velejar e
viajar por aí na companhia do bull terrier Feijão.
— Começamos a pesquisar preços, colocamos os custos no papel
e ficamos surpresos do quanto é mais barato morar num barco. As pessoas
ficam impressionadas quando contamos sobre o nosso projeto, porque é
muito mais glamouroso comprar um barco e ir para a Europa do que um
conjugado em Copacabana. Mas o preço é o mesmo! O Rio está muito caro —
conta Sarah.
Como não são só os apartamentos que estão caros no Rio de
Janeiro, Sarah e Renato optaram por comprar o barco no Mediterrâneo,
onde a viagem começará. A ideia é simples: viajar pela Grécia, Turquia,
Itália, Espanha e Portugal até dezembro e, da Europa, atravessar o
Atlântico Norte até o Caribe, onde o casal fica entre palmeiras e águas
calmas por mais seis meses. De lá, pode ser que o casal volte para o
Brasil ou continue velejando. Por via das dúvidas, Renato tem um roteiro
prontinho para dar a volta ao mundo, passando pelo Canal do Panamá, em
direção a Ásia.
Uma boa dica aprendida pelos dois é viajar do leste para o
oeste: um roteiro mais fácil por causa das condições de vento e de
corrente.
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