RIO - A Lagoa Rodrigo de Freitas, no coração da Zona Sul carioca,
além de ser considerada um dos cartões-postais da cidade, é sede de
competições de regata e uma ótima opção para fazer passeios e
caminhadas. Palco para cliques fotográficos, o complexo lagunar reúne
várias curiosidades, como garante a geógrafa Sonia Gama.
- Trata-se então, da Laguna Rodrigo de Freitas! Mas por que ‘laguna’ e
não ‘lagoa’? A diferença é que laguna mantêm comunicação com o mar
através de um canal. É uma área deprimida, localizada na foz oceânica
dos rios e formada por água salobra ou salgada. Esses ambientes
lagunares são verdadeiros corpos d'água isolados, formados pelas
oscilações dos níveis de maré nos períodos glaciais e inter-glaciais
associados aos climas globais e, que estão sempre em transformação - diz
a especialista.
Com 2,4 milhões de metros quadrados de superfície, sobre o seu espelho
d'água praticam-se esportes aquáticos como remo, ou simplesmente
passeia-se de pedalinho. Desde 1995, na época de Natal, há a tradição de
se montar uma gigantesca árvore de Natal iluminada, que chama a atenção
de cariocas e turistas.
Situada entre a Serra Carioca e o Oceano Atlântico, a Lagoa não
manteve sua forma original. A acumulação natural desse ambiente por
sedimentos marinhos e continentais, além de aterros produzidos pelos
homens há vários anos tem modificado o aspecto e as dimensões desse
ambiente lagunar. Estima-se que um terço da área total da Lagoa tenha
sido aterrada e seu formato atual é de um polígono irregular com um
perímetro de 7,2 km e a largura máxima de 3 km, com espelho de água de
cerca de 2,5 km2 e profundidade máxima de 11metros.
HISTÓRIA
Segundo Sonia, originalmente a laguna foi chamada de Sacopenapã pelos
indígenas da tribo dos Tamoios e, em meados do século XVI, Rodrigo de
Freitas de Mello e Castro herdou do sogro Fagundes Varela essas terras
como parte do dote pelo seu casamento, ou seja: o cônjuge deu seu nome à
mais nova propriedade adquirida.
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