ÔNIBUS É TRANSFORMADO EM LANCHONETE E ATENDE CLIENTES EM VÁRIOS PONTOS DO RECIFE

Por fora, um ônibus. Por dentro, um bar e uma lanchonete. Ao invés das tradicionais cadeiras enfileiradas que acomodam os passageiros durante as viagens, o Sete Mares dispõe de seis mesas e de 22 assentos. No comércio itinerante, é pioneiro no Recife e está em funcionamento desde o dia 1º de junho. Os amigos e sócios Pedro Maia e Rudiney Barbosa investiram R$ 100 mil na aquisição do veículo e na sua estrutura, que tem piso e teto revestidos em madeira e conta com freezers, liquidificador, gelágua, luminárias e gerador de energia, além de televisão e vídeogame para atrair os clientes.
“A ideia veio dos Estados Unidos, onde esse modelo de negócio já existe. Meu irmão mora lá e sempre comentava comigo, aí decidimos apostar na ideia”, conta Pedro.
O carro-chefe das vendas são os sanduíches naturais (são sete sabores vendidos a R$ 4 ou R$ 6), mas também são vendidos bolo, água, suco, refrigerante e bebida alcoólica.
A primeira parada foi no bairro de Boa Viagem, em frente ao Parque Dona Lindu, onde ficou os 20 primeiros dias. “Vi a necessidade de as pessoas comerem um lanche de qualidade e barato na praia. A ideia inicial era ficar por lá, mas vi que o Recife todo precisa e resolvermos ir para outros locais”, diz Pedro.
O veículo está agora no bairro de São José, próximo ao acampamento que reúne os integrantes do movimento Ocupe Estelita, e fica aberto das 14h até o último cliente. Na próxima segunda-feira, os responsáveis pretendem estacioná-lo na Rua Vigário Tenório, no Bairro do Recife. “Mas ainda vamos ver as questões legais, para saber se estamos infringindo alguma lei ou não”, ressalva Rudiney.
Ele conta que foi à Prefeitura do Recife na última terça-feira. “Como já temos um CNPJ, fui pegar o Cartão de Inscrição Municipal. Quem nos orientou quanto a isso foi um contador, que disse que precisávamos desse documento.”
A dupla ainda não calculou quanto já faturou, apenas sabe que ainda não está lucrando. “Estamos pagando conta ainda”, brinca Rudiney, confiante no negócio que, afirma, tem agradado muita gente.

Procurada pelo JC, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano informou que “a lei que regulamenta este tipo de comércio é a mesma do comércio tradicional” e recomenda que o responsável procure a Secretaria-Executiva de Controle Urbano para que o projeto seja analisado. Ainda segundo a pasta, haveria punição se esse tipo de comércio ocupasse o logradouro público de maneira irregular, utilizando mesas e cadeiras.
Carro-chefe das vendas são os sanduíches naturais. São sete sabores vendidos a até R$ 6 / Foto: Igo Bione/JC Imagem

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