Janan não sobreviveu ao inverno e morreu congelado. Mal tinha se recuperado da morte do filho e Mohammad se viu em mais uma situação difícil: a cobrança pelo empréstimo havia chegado e não havia dinheiro algum para pagar a dívida. A única saída seria oferecer a filha Naghma, de apenas seis anos, como pagamento. Ela deveria se casar com o filho do agitoa, de 19. O credor aceitou e Naghma foi morar com a família de seu futuro marido."Foi uma decisão difícil. Senti como se tivesse sido jogado no fogo", contou Taj Mohammad para a reportagem do site do canal norte-americano CNN.
Quando grupos de direitos humanos descobriram a situação de Naghma, imediatamente entraram em contato com Kimberley Motley, uma advogada norte-americana que trabalha no Afeganistão há cinco anos em prol dos direitos das mulheres no país. Kimberley organizou uma assembleia formada por afegãos anciãos, conhecidos como Jirga, e os convenceu de que Naghma não poderia se casar. Eles a liberaram para voltar para sua casa. Em seguida, um doador anônimo pagou a dívida de Taj Mohammad livrou a menina da obrigação do casamento, de vez.
Estou muito feliz que Naghma não tenha se casado aos 7 anos de idade. Mas gostaria de ter certeza de que ela receberá educação para se tornar alguém bem sucedido", falou Kimberley Motley para CNN. Esta semana, a advogada consegiu vagas para Naghma e seu irmão mais velho no Instituto Nacional de Música do Afeganistão, uma escola que recebe orfãos e crianças carentes do país.

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