Greve dos Bancários

Os bancários decidiram entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir da 0h desta terça-feira (27). A paralisação atingirá bancos públicos e privados.
A decisão foi ratificada em assembleias realizadas na noite desta segunda (26), e o objetivo é pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma nova proposta salarial.
A greve já tinha sido aprovada em assembleia na última quinta (22). Na sexta (23) houve nova rodada de negociação com representantes da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os bancários rejeitaram a nova proposta de reajuste salarial e mantiveram a decisão de entrar em greve.
A Fenaban propôs um reajuste de 8%, sendo 0,56% de aumento real --a inflação registrada no período foi de 7,4%. Os bancários consideram a nova proposta insuficiente e pedem aumento real de 5%.
“Os banqueiros desperdiçaram a oportunidade de apresentar uma proposta decente à categoria e evitar a greve. Não cabe outra alternativa aos bancários que não seja a paralisação ”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O sindicato defende que os bancos têm condições de atender às reivindicações dos bancários, principalmente por conta do lucro líquido de R$ 60 bilhões que atingiram apenas no primeiro semestre deste ano.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (26), a Fenaban classificou a decisão de greve como "fora de propósito" e disse estar "preparada para continuar na negociação até que um acordo seja alcançado".

O que a Fenabran oferece

Segundo a Fenaban, foi feita uma proposta de reajuste de 8%, corrigindo salários, pisos, benefícios e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a partir de 1º de setembro de 2011. O acordo garantiria uma correção acima da inflação pelo oitavo ano consecutivo.
A proposta prevê aumentar para R$ 1.845,77 o piso salarial para a função de caixa, para jornadas de seis horas.
O auxílio refeição subiria para R$19,60 por dia. A cesta alimentação, para R$ 336 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor. O auxílio creche mensal seria de R$ 282,24 por filho até 6 anos de idade.
Para a PLR, a distribuição prevista pela Fenaban é de 5% a 13% do lucro líquido, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado, mais o pagamento de uma parcela adicional de 2% do lucro líquido, distribuído de forma linear a todos os funcionários.
Os limites em valor da PLR também seriam reajustados pelo mesmo índice do salário (8%). Para a função de caixa, a PLR poderia chegar a quase quatro salários e, no caso do escriturário, ultrapassar os quatro salários.

O que os bancários querem

O reajuste salarial que os bancários querem é de 12,8%, o que corresponde a um aumento real de 5%. Também lutam por participações maiores nos resultados e lucros.
Querem ainda valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo de R$ 545. Mais contratações, saúde e segurança ainda fazem parte das reivindicações.
 
* Fonte: www.uol.com.br

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